Crédito: Arquivo Pessoal

Secretário-Geral da Associação Brasileira de Redução de Riscos de Desastres fala sobre a importância da preparação da sociedade diante de uma emergência

Por Luana Cunha/Jornalista da Revista Emergência

Atuando na área de Gerenciamento de Emergências há mais de 15 anos, Márcio Dertoni, Engenheiro Químico e Mestre em Defesa e Segurança Civil, ressalta a importância da preparação de órgãos públicos, instituições privadas e da sociedade como um todo diante de um desastre. “Não podemos deixar as grandes tragédias que ocorreram no Brasil caírem no esquecimento. Lembrar estes desastres nos faz fomentar, cada vez mais, a cultura prevencionista. É notório que nosso país evoluiu bastante neste sentido, mas ainda precisamos melhorar muito, principalmente em relação aos planos de contingência e suas aplicabilidades diante de uma emergência”.

Em entrevista à Emergência, Dertoni fala sobre a preparação dos órgãos públicos e das empresas privadas na resposta às emergências, citando algumas mudanças necessárias para se ter um modelo de excelência no país. Ele também comenta sobre a evolução e aplicação do Sistema de Comando de Incidentes, além da importância da ferramenta no gerenciamento de grandes desastres.

PERFIL MÁRCIO DERTONI

Natural do Rio de Janeiro/RJ, Márcio Dertoni é graduado em Engenharia Química (1980), pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), com mestrado em Defesa e Segurança Civil (2016), pela UFF (Universidade Federal Fluminense). Durante sua carreira profissional atuou em diversas áreas como Defesa Civil, Emergências e Meio Ambiente, ocupando cargos importantes dentro da Petrobras como, por exemplo, Gerente de Contingências (2006-2011), Coordenador do Plano de Contingência Corporativo (2007-2011) e Coordenador do Programa de Gerenciamento e Respostas a Desastres (2011-2013), além de atuar na Coordenação de Estudos de Impactos Ambientais de diversos empreendimentos. Atualmente, Dertoni é Secretário-Geral da ABRRD (Associação Brasileira de Redução de Riscos de Desastres), entidade que ajudou a fundar em 2016.

COMO E POR QUE O SENHOR SE INTERESSOU PELA ÁREA DE GERENCIAMENTO DE EMERGÊNCIAS?

Eu atuei em diversas áreas na minha vida profissional: indústria, serviços e consultoria. Pude viver experiências nos setores alimentício, óleo e gás, metal-mecânico, mineração, engenharia, automação industrial e meio ambiente. Esta diversidade de experiências, entretanto, sempre foi guiada pelo conceito de sustentabilidade e gestão de riscos. Como sou alpinista, a questão do risco sempre foi inerente a qualquer atividade. Quando tive oportunidade de trabalhar na Petrobras, logo após os grandes acidentes, no início dos anos 2000, me deparei com a oportunidade de aplicar todo o conhecimento e experiência adquiridos numa área em evolução rápida na empresa.


Confira a entrevista completa na edição de fevereiro da Revista Emergência.