Brasil participa da criação da Rede de Proteção Contra Incêndios na América Latina

Por Paula Barcellos/Jornalista da Revista Emergência

Foi criada em fevereiro a Rede Latam PCI (Rede de Proteção Contra Incêndios na América Latina). A Rede é composta inicialmente por instituições de 11 países que têm como objetivo debater aspectos sociais, técnicos e regulatórios de proteção contra incêndio na região.

Ela busca promover discussões e publicar materiais, como também incentivar a adoção de produtos e serviços certificados e a formação de profissionais de acordo com as melhores práticas internacionais de combate a incêndios. Para Marcelo Lima, diretor-geral do ISB (Instituto Sprinkler Brasil), entidade cofundadora da Rede Latam, a criação dela vai promover o encontro de especialistas de diferentes locais para aperfeiçoar os mecanismos de proteção e fomentar a inovação no setor. “Temos a chance de elevar a discussão sobre proteção contra incêndios a patamares que, sozinhos, não conseguiríamos alcançar. Os países enfrentam carências similares em termos de legislação e mão de obra qualificada. Formar a rede é o primeiro passo para superá-las”, diz o especialista.

Lima afirma que é a primeira vez que se tem algo desse tipo em termos de América Latina, “o que é superimportante. Já temos uma quantidade grande de entidades envolvidas, quase 20, de 11 países. Aqui no Brasil são três: a ABSpk, que é a Associação Brasileira de Sprinklers, a ABPP que é a Associação Brasileira de Proteção Passiva, e o ISB”, cita. Segundo ele, a expansão do Brasil e da América Latina no mercado mundial também reflete a importância da Rede. “O primeiro aspecto que as pessoas veem é uma oportunidade de conhecer outros países e ter a possibilidade de mercados novos para os associados. Geralmente as empresas brasileiras têm pouca atividade fora do país e há muitas oportunidades de atuação fora de nossas fronteiras. A voz da América Latina em termos de incêndio também é pouco ouvida. Também imaginamos que com a rede vai ser uma maneira de começarmos a ser ouvidos em outras partes do mundo e em outras esferas”, almeja.

Conforme Lima, a primeira prioridade da rede é a coleta de dados para entender como funciona a segurança contra incêndio na América Latina. “Como é a legislação de cada país, quem tem norma e quem não, quem tem curso e quem não. Basicamente fazer um panorama da América Latina para entender quem está desenvolvido e quem não está”, exemplifica. Outra questão, segundo ele, será tentar acelerar o desenvolvimento de muitas associações. “O Brasil e o México, por exemplo, já possuem muito material para ser distribuído. A Rede Latam PCI fez convênio com diversas organizações internacionais da área de incêndio que também cederão material de treinamento para distribuição na América Latina”, revela.

Participam da Rede Latam PCI associações e organizações de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Estados Unidos (ver Tabela).