Crédito: Beto Soares/Estúdio Boom

Sugestão de protocolo para o atendimento pré-hospitalar em urgências e emergências psiquiátricas a ser adotado pelo CBMRS

O CBMRS (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul) ocupa importante papel na sociedade gaúcha, sendo reconhecido pelos excelentes serviços prestados. Dentre esses serviços, está o suporte básico de vida, que inclui o atendimento pré-hospitalar de urgências e emergências. As ocorrências dessa natureza podem decorrer dos mais variados eventos e envolver diferentes perfis de vítimas. Um desses perfis engloba pacientes com transtornos mentais, os quais são classificados pela 5ª Edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da American Psychiatric Association, em 22 grupos principais, dentre eles estão o espectro da esquizofrenia, o transtorno bipolar, o transtorno depressivo, os transtornos relacionados a trauma e estressores, os transtornos de personalidade e os transtornos relacionados a substâncias.

Em geral, as ocorrências envolvendo esse tipo de vítima são complexas, tendo em vista que cada paciente pode apresentar um tipo de comportamento, sendo, por essa razão, muito difícil para a guarnição prever como se desenvolverá o atendimento. Não raro, as vítimas com transtornos mentais não são colaborativas e colocam em risco sua própria vida, a vida de terceiros e dos resgatistas. Desse modo, para o sucesso da ocorrência, é preciso que os bombeiros militares tenham conhecimento sobre o tema e sintam-se seguros para atuar.

CONDUTAS
Apesar de cada transtorno mental apresentar suas características próprias, demandando uma forma particular de abordagem e de atendimento à ocorrência, algumas condutas são comuns a todos os casos, devendo ser seguidas pelos bombeiros militares que prestarem o socorro à vítima.

Mesmo antes de chegar ao local, é de fundamental importância que o atendente extraia daquele que efetua o chamado o máximo de informações possíveis sobre a vítima que será atendida, como, por exemplo, nome, idade, se possui algum transtorno mental diagnosticado ou se faz uso de drogas, se faz uso de medicações, se apresenta comportamento violento e se está portando armas ou objetos que coloquem em risco a sua vida ou a vida de terceiros. De posse dessas informações, o atendente poderá fazer uma classificação prévia sobre a natureza da ocorrência, se urgência ou emergência, e acionar a guarnição que fará o deslocamento até o local.


Autora:

Mariana Fighera Marchi – Capitã QOEM do CBMRS (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul)
[email protected]


Confira o artigo completo na edição de mai/jul/23 da Revista Emergência.

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