Arquivo Pessoal
Data: 12/07/2016 / Fonte: Revista Emergência / Priscilla Nery

Apaixonado por emergências, Agnaldo Píspico tem uma vivência rica no pré-hospitalar, área que lhe chamou a atenção desde que se formou em Medicina na década de 1990. O especialista tem dedicado toda a sua carreira em contribuição ao setor, acumulando aprendizado no atendimento em rodovias, como o primeiro clínico a integrar o GRAU (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências da Secretaria de Estado da Saúde de SP) e no desenvolvimento de projetos pioneiros, a exemplo do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Araras/SP – criado com base em conhecimentos adquiridos no exterior, quando o serviço ainda não existia nos moldes do Ministério da Saúde. Na entrevista a seguir, Píspico detalha estas e outras experiências, destacando também sua atuação em emergências cardiovasculares e a invenção do manequim de garrafa PET, que tem possibilitado o treinamento de milhares de crianças em SP sobre RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar).

PERFIL
AGNALDO PÍSPICO
Foi na Faculdade de Medicina de Vassouras/RJ que Píspico teve seu primeiro contato com emergências, por meio de aulas complementares em Urgências Médicas na própria instituição. Em seguida, fez Residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), em 1991, e Residência Médica em Cardiologia Clínica no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (1993). Fez parte da segunda turma de médicos formados em ACLS (Advanced Cardiac Life Support) no Brasil. Na década de 2000, atuou no serviço de resgate da Concessionária do Sistema Anhanguera Bandeirantes. Também nesta época, fundou o Centro de Treinamento da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), tornando-se instrutor. Após uma brincadeira com seu cachorro, identificou a semelhança entre a resistência de uma garrafa PET e o tórax humano, o que o inspirou a criar manequins confeccionados com garrafas PET para treinamento de emergências cardiológicas. Foi o idealizador do primeiro SAMU da cidade de Araras, no interior paulista, e coordenou esta iniciativa por seis anos.  Atualmente, é diretor do Centro de Treinamento da Socesp; médico do GRAU e Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Grupamento Águia); consultor técnico de Urgências e Emergências; médico-diretor do Pronto-Socorro da Santa Casa Araras/SP; e médico do Centro de Terapia Intensiva do Hospital da Unimed em Araras.

QUAL FOI SUA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA COM EMERGÊNCIAS? SEMPRE SE INTERESSOU PELO APH?
Sou intensivista por formação, e sempre gostei do tema pré-hospitalar. Cursei Medicina na Faculdade de Medicina de Vassouras – FMV-FESS, no RJ, e frequentava aulas sobre Emergência desde o meu segundo período, como voluntário. Tive um professor, no quarto período, que trabalhava no GSE (Grupo de Socorro de Emergência do RJ), assim conheci este serviço. Eu gostava muito de ver quando os bombeiros atendiam, e me interessei até o ponto de participar da Primeira Jornada de APH do RJ, na qual fui como acadêmico. Nos meus primeiros oito anos de formação como médico, não tive oportunidade de trabalhar em APH, porque na época só existia o GSE no RJ e eu morava em SP, ainda não havia serviços de atendimento nas rodovias, e o grupo de resgate que trabalhava em SP era restrito a cirurgiões. Até que, no início dos anos 2000, ingressei na Concessionária do Sistema Anhanguera Bandeirantes – foi o começo do meu trabalho com APH. Aquele também foi o primeiro grupo de atendimento em rodovia em SP. Trabalhei oito anos ali, depois como médico de emergência do GRAU. Aliás, fui o primeiro clínico a entrar no GRAU. Desbravei este campo, mostrando que o clínico treinado poderia atender emergências junto com o Corpo de Bombeiros. Ingressei no GRAU em 2007, e hoje atendo também emergências junto ao Grupamento Águia.

Confira a entrevista completa na edição de julho da Revista Emergência.

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