INTERNACIONAL: AMPARO EMERGENCIAL
Entrevista ao jornalista Rafael Geyger
Foto: Rafael Geyger

Jamaicano radicado nos EUA doa capacitação e equipamentos a países menos desenvolvidos em resposta a emergências

O que leva alguém a doar 2 milhões de dólares em treinamentos para profissionais de emergência de diversas partes do mundo? A resposta para essa pergunta é um desastre tão surreal quanto a própria quantia destinada voluntariamente. Foram os atentados às torres gêmeas em Nova York, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, que mexeram com o jamaicano Patrick Mc Dermott de forma a mudar sua vida. Na ocasião, ele atuou nos resgates e também na logística da operação, facilitando o acesso de profissionais ao local da tragédia.

Desde então, o técnico em Emergências Médicas e instrutor de bombeiros radicado nos Estados Unidos auxilia países menos desenvolvidos na área de emergência não apenas com capacitação, mas também com a doação de equipamentos e veículos. “Sou um estrangeiro que formou uma companhia de treinamento de profissionais de emergências com a visão de distribuir o conhecimento para países mais necessitados”, diz. Na recente tragédia do Haiti, o técnico também fez doações ao País.

Mc Dermott se instalou em Chicago, onde fundou duas empresas de treinamento de emergências. É por uma delas, a IFTF (International Fire Training Force), que ele eleva a capacidade de resposta a desastres de países como México, Barbados, República Dominicana, Equador e Gana. Em visita ao Brasil, em novembro de 2009, ele participou do Encontro de Bombeiros Voluntários, em Concórdia/SC, quando conversou com Emergência e revelou o desejo de instalar uma empresa também em solo brasileiro.

O 11 de setembro foi a ocorrência mais marcante que o senhor atendeu?
Sim, pois a vida de qualquer bombeiro mudou a partir daquele dia e até mesmo a vida de quem apenas ouviu falar do que aconteceu. Mudou a forma de combater os incêndios, mudaram as metodologias de treinamento, mudou até a forma como os profissionais se comunicam, porque os walkie-talkies não funcionaram dentro das torres gêmeas.

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