Crédito: Freepik

Fonte: Instituto Mauá de Tecnologia

Nos últimos anos, a quantidade de desastres naturais vem aumentando significativamente em todo o mundo, motivados por enchentes, deslizamentos de encostas e terremotos, como o ocorrido na Turquia e na Síria, que até o momento levou à morte mais de 37 mil pessoas. Por isso, as ameaças mais recentes à vida no planeta exigem formas inovadoras de enfrentá-las, o que faz aumentar a demanda por profissionais de engenharia, suas expertises, técnicas e tecnologias agregadas para amenizar os prejuízos à vida humana.

As engenharias têm uma variedade de papéis a desempenhar na mitigação de desastres naturais. Isso inclui desenvolver tecnologias de ponta, construir infraestruturas mais resistentes e atuar nas próprias operações de resgate e reconstrução. A construção civil, por exemplo, pode ser uma das primeiras linhas de defesa para minimizar os danos causados. Novas estruturas precisam ser construídas, para que sejam resistentes a inundações, terremotos, deslizamentos de terra, furacões e tufões.

“Além dos tradicionais cálculos para as construções, há outras técnicas para fortalecer a construção que podem ajudá-la a resistir os esforços gerados pelos terremotos, como isolar a fundação do prédio com o solo, ou seja, aparelhos de apoio abaixo dos pilares ou fundação que desacoplam a superestrutura de sua fundação. Para que, quando houver movimentação do solo, eles possam evitar que as vibrações passem para o prédio ou qualquer construção que esteja sendo contemplada com essa técnica”, relata o engenheiro Pedro Henrique Cerento de Lyra, coordenador do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). O especialista ainda reforça que, para cada catástrofe, como enchente e tremor de terra, entre outras, pode ser aplicada uma técnica específica para o imóvel a construção.

O engenheiro Fernando Malvezzi, professor no curso de Engenharia Mecânica do IMT, também lembra que terremotos causam vibrações nas estruturas dos edifícios e que, quando a frequência da vibração coincide com uma das frequências naturais da estrutura (característica própria de qualquer estrutura, independente de fatores externos), as oscilações se amplificam, o que pode causar o colapso do edifício.

“Uma alternativa para se evitar esse colapso seria o emprego de um absorvedor dinâmico de vibrações, que consiste em uma grande massa ligada à estrutura do edifício por um elemento flexível, possibilitando a oscilação dessa massa. A instalação desse sistema altera as frequências naturais da estrutura, de modo que a oscilação que ocorreria nela é então ‘transferida’ para a massa do absorvedor, como acontece no Taipei 101, que é um prédio de 101 andares localizado na cidade de Taipei, em Taiwan”, conta Malvezzi.

Tecnologia 5G

Segundo pesquisa realizada pela Viavi Solutions, em 2021, 65 países já utilizavam a tecnologia 5G. No ranking, o primeiro lugar é ocupado pela China, com 376 cidades conectadas, seguida pelos Estados Unidos, com 284. A missão do 5G é elevar, e muito, as potencialidades da rede atual, conhecida como 4G, e alçar a banda larga móvel a altíssimos padrões de velocidade de conexão e de usuários simultâneos.

Portanto, é uma rede muito melhor para comunicação maciça e troca de dados. Para amenizar as catástrofes, as smart cities (cidades inteligentes) são excelentes opções, ou seja, sensores espalhados pela cidade captam possíveis sinais de perigo, como enchentes, tremores ou deslizamentos. Esses sinais são enviados a uma central, onde as informações geradas serão utilizadas para evitar perdas de vidas humanas por meio de planos de fuga com maior rapidez.

“Em uma barragem, por exemplo, esses sensores podem captar fragmentos na estrutura, tremores ou anormalidades que possam levar à sua ruptura. Essas informações podem ser decisivas para avisar previamente a comunidade local e planejar uma rota de fuga. No caso de locais onde possa haver terremotos, é possível instalar um sismógrafo, que registra os movimentos do solo. Esse aparelho traz informações com maior rapidez sobre possíveis vibrações no solo e, com isso, é possível alertar os moradores, para otimizar o tempo de evacuação ou até mesmo durante as operações de resgate, quando ocorrer um desastre natural”, reforça Ricardo Caranicola Caleffo, professor no curso de Engenharia Eletrônica do IMT.

Logo, a engenharia e os engenheiros estão aptos a “pensar fora da caixa” e responder de maneira mais rápida às catástrofes, usando o conhecimento e as tecnologias para resolver problemas complexos.

Sobre o Instituto Mauá de Tecnologia

O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) promove o ensino científico-tecnológico há 61 anos, visando formar profissionais altamente qualificados. Com dois campi, localizados em São Paulo e São Caetano do Sul, o IMT conta com um Centro Universitário e um Centro de Pesquisas. O Centro Universitário oferece cursos de graduação em Administração, Design e Engenharia, e recentemente abriu dois cursos: TI – Ciência da Computação e Sistemas de Informação. Na pós-graduação, são oferecidos cursos de atualização, aperfeiçoamento e especialização (MBA), nas áreas de Gestão, Design, Engenharia e Tecnologia da Informação. O Centro de Pesquisas desenvolve tecnologias para atender às necessidades da indústria e atua como um importante elemento de ligação entre as empresas e a academia.

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