Rápido uma ambulância!!! Estou com CORONAVÍRUS…

Numa Central de Regulação de Urgência, que é uma porta de entrada do usuário do SUS, é previsível que qualquer dúvida ou demanda do usuário acabe chegando por esta via. Embora estas Centrais tenham sido designadas para as demandas de urgência e emergência. Todavia a percepção do grau de gravidade do usuário é diferente da dos profissionais de saúde. O que é considerado grave pelo olhar do paciente ou solicitante, nem sempre condiz com a percepção técnica do Médico.

No contexto de um pandemia, as reações das populações vão depender muito da questão cultural de cada povo. E principalmente se os órgão governamentais, de uma maneira ordenada e planejada, fazem a comunicação / educação adequada para a população. Pois uma informação em saúde adequadamente realizada, faz toda a diferença nestas situações.

Então como regular estas demandas? Primeiramente, há necessidade de que todas as Centrais de Regulação de Urgência tenham seus planos de contingência ou planos de atendimentos à múltiplas vítimas, específico para atender estas demandas. Se for uma demanda repentina, de imediato acionar novos postos de trabalho com acionamento de mais profissionais para atender esta demanda dentro da central. Inclusive mais Médicos.

No caso específico do Coranavirus, as demandas estão chegando na forma de demanda de baixa complexidade. Ou seja, o solicitante ou paciente demandam “ambulância” para queixas, sinais e sintomas de baixa gravidade, em principio: febre, mal estar geral, cansaço, tosse, queixas de quadros respiratórios, etc. E lembrem se esta demanda tem Valença social alta.

Cabe ao Médico Regulador, identificar naquele momento, a gravidade do caso e associar à questionamentos que possam levar à uma suspeita de diagnóstico sindrômico do Coronavirus.  Perguntar ao paciente ou solicitante se vem de uma área endêmica, se fez viagem recente para áreas de transmissão local nos últimos 14 dias?. Se teve contato com alguém que já foi diagnosticado com prova positiva, nos últimos 14 dias?.  Se é familiar ou amigo e teve contato direto com paciente que está em quarentena nos últimos 14 dias? E Associado à febre, TODOS são casos suspeitos.

Importante: Cabe ao Médico Regulador orientar à equipe, da utilização dos EPI’s próprios, para quando forem realizar atendimentos de casos suspeitos. E lembrar de sempre, protocolarmente notificar os centros de vigilância sanitária da localidade. E para as solicitações de orientações sobre a doença, orientem a ligar para o numero nacional 136, disk saúde do Ministério da Saúde.

Para enriquecer este blog, conto com você, continue participando e envie dúvidas e sugestões. E faremos um saudável debate. Um grande abraço.


O blog Regulação Médica de A a Z trata das grandes dúvidas sobre regulação médica das Centrais de Regulação de Urgência, que permeiam os Médicos Reguladores no dia a dia. Para tomada de decisões mais adequadas. O autor do blog é Antonio Onimaru, Médico com Residência Médica em Urgência e Emergência pela FAMEMA e Universidade de Grenoble – FR; Médico do Sistema Resgate – GRAU – SP; Coordenador Médico do Samu Regional Assis – SP.
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