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Estudo avalia como encontra-se o treinamento realizado com professores, funcionários e alunos

Os primeiros socorros são os procedimentos e as técnicas realizadas imediatamente em uma pessoa vítima de algum agravo, com a finalidade de manter a vida até que seja feito o atendimento dos profissionais da área da saúde ou que a equipe de emergência chegue ao local. Qualquer pessoa pode realizar os primeiros socorros, seja leigo ou profissional da área da saúde. Entretanto, ela deve ter a ciência de como realizar esses procedimentos e técnicas, não causando prejuízos ou danos adicionais à vítima, alertam R. A. Filho et al.. C. S. Lacerda et al. relatam que pessoas com pouco conhecimento em primeiros socorros geralmente nada fazem no momento em que passam por uma situação de emergência até que sejam pressionadas a isso.

Para que a educação em saúde seja capaz de melhorar as condições de bem-estar da população, é necessário fazer uso de estratégias de ensino voltadas para a realidade local. Para tanto, o profissional enfermeiro deve ir ao encontro dessas necessidades, oferecendo ferramentas de acordo com a realidade, segundo Elaine Viana Cabral.
O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 737 de 16 de maio de 2001, incentiva iniciativas que envolvam a formação e a informação da população sobre a prevenção de acidentes e os primeiros cuidados a serem tomados em situações de emergência, visando um prognóstico mais favorável às vítimas. Isso favorece e estimula os profissionais de saúde a elaborarem processos educativos em diversos ambientes não assistenciais.

Já a Lei nº 13.722, de 4 de outubro de 2018, conhecida também como Lei Lucas, torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil, sendo que o não cumprimento das disposições desta lei implicará na imposição de penalidades pela autoridade administrativa, como multa aplicada em dobro em caso de reincidência; ou em caso de nova reincidência, a cassação do alvará de funcionamento ou da autorização concedida pelo órgão de educação.

RCP
Para que haja o reconhecimento precoce da inconsciência, momento em que a pessoa necessita de ajuda, é recomendada a avaliação de sinais de circulação ou de vida, ou seja, respiração normal, tosse ou movimentos como resposta às ventilações, com a finalidade de não atrasar o início das manobras de RCP (Reanimação Cardiopulmonar) e a chegada da equipe de emergência no local. Leigos devidamente treinados e capacitados podem iniciar o primeiro atendimento precocemente no ambiente extra-hospitalar, cuja atuação é fundamental no reconhecimento da PCR (Parada cardiorrespiratória), na taxa de aumento das chances de sobrevida e na redução de possíveis sequelas das vítimas, destaca Aline Maino Pergola.


Autores:

Thais Paulino Travaglia Bregadioli – graduação em Enfermagem, especialização em Urgência e Emergência, pós-graduada em Atendimento Pré-Hospitalar de Urgência e Emergência pela Verbo Educacional
[email protected]
@thaistravaglia.enf

Adgildo dos Santos Pereira – Graduação em Fisioterapia, Mestrado em Bioengenharia e Licenciatura em Ciências Biológicas.

Guilherme Ciccone de Almeida – Graduação em Fisioterapia, Pós-Graduado em Ortopedia e Traumatologia.

Márcio Meira Brandão – Graduação em Fisioterapia, Pós-Graduação em Treinamento Esportivo, Mestrado em Administração.


Este artigo foi originalmente publicado na revista NovaFisio, edição 102/jul/21 – Volume 25


Confira o artigo completo na edição de nov/23 / jan/24 da Revista Emergência.

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