Crédito: BETO SOARES/ESTÚDIO BOOM

Pesquisa verifica a possibilidade de o tecido 88% algodão 12% poliamida resistente às chamas ser usado na construção do fardamento operacional diário do bombeiro militar

O tecido 88/12 FR (Fire Resistence) é produzido por três grandes indústrias nacionais e pode ser encontrado facilmente no mercado nacional para a construção do fardamento bombeiro militar. Todavia, será que possui propriedades superiores ou equivalentes ao tecido 67% poliéster e 33% algodão Rip stop (tipo de armação de tecido que evita a expansão de rasgo) que é o tecido atual da farda do CBMGO (Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás)? Com a existência de EPI (Equipamento de Proteção Individual) adequado para os incêndios estruturais e florestais a resistência às chamas não seria uma propriedade desnecessária no tecido do fardamento bombeiro militar? Este tecido possui boa resistência mecânica, é confortável e a sua proteção antichamas irá atender à atividade bombeiro militar?

Para implantar um novo conceito no fardamento e tecnologia surgem várias dúvidas e incertezas. É preciso questionar, levantar, estudar e testar estas possíveis soluções e é este o objetivo deste trabalho. Foi escolhido um tecido ignífugo para ser estudado e não tem o fulcro de provar se é o melhor, talvez nem seria viável, porém o assunto é julgado de relevância e será discorrido adiante.

Para desenvolver o trabalho e as metodologias almejadas, foi realizada uma parceria com três empresas do setor de tecidos profissionais e uma empresa construtora de uniformes EPI do Estado de São Paulo, possibilitando a construção de três protótipos de farda 4º A do CBMGO no tecido 88/12 FR para que sirvam de base de análise e realização de experimentos deste estudo. Estas parcerias foram essenciais tendo em vista o alto custo com materiais e experimentos em laboratórios.

A metodologia utilizada para este estudo se fez com base no método dedutivo, porém para cada objetivo específico organizou-se o método de modo a estar em conformidade com o proposto para a fundamentação do objeto de estudo.

A escolha do tema foi feita no intuito de buscar uma maior proteção individual ao bombeiro militar que fica muito exposto às chamas, considerando que em Goiás, e na maioria dos outros estados, 100% da tropa utiliza o fardamento de prontidão (farda 4º A) para combate aos incêndios florestais. Como exemplo, cito o fatídico 21 de agosto de 2020 quando um brigadista do ICMBIO teve 80% do corpo queimado no combate ao incêndio florestal no Parque Nacional das EMAS e acabou falecendo, conforme o registro de ocorrências do CBMGO.


Dados dos autores:

Tiago Dias Coelho – Aluno do Curso de Pós-Graduação em Altos Estudos em Segurança Pública 2021 – CAESP, pela Universidade Estadual de Goiás, Pós-Graduado em Socorros de Urgência e Graduado no Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Tenente-Coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.

[email protected]

Ana Lúcia Nunes da Silva Cunha – Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais pela Universidade Federal de Uberlândia/Estácio de Sá de Uberlândia, Pós-Graduação em Psicopedagogia Educacional e Clínica pela Universidade Estadual de Goiás, Pós-Graduação em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Apogeu do Distrito Federal e Graduada em Pedagogia pela Unicaldas – Faculdade de Caldas Novas.

Claison Alencar Pereira – Pós-Graduação em Altos Estudos em Segurança Pública 2021 – CAESP, pela Universidade Estadual de Goiás, Graduado no Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.


Confira o artigo completo na edição de agosto/outubro da Revista Emergência.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!