Crédito: St N. Santos Cecom/CBMDF

A trajetória e as metas da primeira mulher nomeada comandante-geral na história dos Corpos de Bombeiros do Brasil

A coronel Mônica de Mesquita Miranda quebrou padrões no comando-geral dos corpos de bombeiros brasileiros. Em janeiro deste ano, ela assumiu o CBMDF (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal), se tornando a primeira mulher nomeada comandante-geral na história dos Corpos de Bombeiros do Brasil. Segundo ela, alcançar esse posto é mais uma quebra de paradigmas, consolidando ainda mais a presença feminina na instituição.

Formada em Psicologia, uma das grandes preocupações da comandante em sua gestão é garantir a qualidade mental, física e espiritual da tropa, por meio de diversas ferramentas como uma rede de apoio em cada unidade bombeiro militar. Veja nessa entrevista exclusiva as demais metas e um pouco mais da história dessa pioneira.

Por Paula Barcellos/Editora e Jornalista da Revista Emergência


PERFIL | MÔNICA DE MESQUITA MIRANDA

Natural de Brasília/DF, a coronel é graduada em Psicologia. Ingressou no Curso de Formação de Oficiais CBMDF no ano de 1993 e ao longo da carreira obteve várias capacitações na área de Gestão Corporativa, destacando-se o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais em Administração Corporativa e o Curso de Altos Estudos para Oficiais. É especializada em Perícia em Incêndios e Explosões. Entre as principais funções desempenhadas, foi Ouvidora da Casa Militar do DF, Diretora de Inativos e Pensionistas, Diretora do Centro de Investigação de Incêndio, Chefe de Seção de Recursos Humanos do Estado-Maior-Geral, Comandante do Centro de Assistência Bombeiro Militar e Chefe da SOEPAS (Seção de Orientação Educacional Psicológica e Assistente Social) do CMOP II. Nesta última, desenvolveu trabalhos voltados aos cuidados com a saúde mental dos bombeiros militares. Desde janeiro deste ano, a coronel é a primeira mulher nomeada comandante-geral na história dos Corpos de Bombeiros do Brasil, liderando o CBMDF.


COMO E POR QUE SE INTERESSOU PELO CORPO DE BOMBEIROS?

Como filha de SubOficial da Marinha, cresci convivendo e aprendendo valores de respeito, integridade e responsabilidade. Ainda como estagiária no Curso de Psicologia, tive a oportunidade de acompanhar de perto a vida dos cadetes que cursaram o Curso de Formação de Oficiais na Academia de Bombeiro Militar do Distrito Federal, no início dos anos 90, quando surgiu a oportunidade de me inscrever para a primeira turma feminina de Oficiais. Me senti atraída pela profissão bombeiro militar quando vi que o edital contemplava a presença feminina pela primeira vez na história. Então, ingressei na primeira turma de mulheres oficiais no CBMDF, em 1993, aos 24 anos.

O QUE SIGNIFICA ALCANÇAR O POSTO DE PRIMEIRA MULHER COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS NO PAÍS?

Como mais uma quebra de paradigma. No passado, durante o curso de formação e ao longo da carreira, vários paradigmas foram quebrados com a constatação de que poderíamos desenvolver as atividades antes exclusivamente realizadas por homens. Enfrentamos preconceitos e abrimos as portas para que as demais bombeiras viessem depois de nós e a presença feminina se consolidasse na instituição. E não em um viés competitivo, mas somando forças, formando equipes, atuando em cooperação mútua, porque cada um, em sua essência, possui dons e habilidades que se complementam. Ser uma comandante-geral me traz uma cobrança extra: realizar um bom comando para não fechar as portas para outras mulheres que possam vir a comandar tão nobre instituição. A história me mostrou que é possível e essa é a meta a ser alcançada.


Confira a entrevista completa na edição de ago/out/23 da Revista Emergência.

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