Crédito: SAMU METROPOLITANDO DO RECIFE/PE

Por Paula Barcellos/Editora e Jornalista da Revista Emergência

Centrais de Regulação de Urgências enfrentam desafios como superlotação dos hospitais, capacitação dos profissionais e integração com outras centrais

Responsáveis pelo acesso dos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) ao atendimento das urgências, as CRU (Centrais de Regulação de Urgências), que disponibilizam atendimento de saúde e ambulância no local das ocorrências, vieram dar um salto de qualidade no acesso da assistência. Dentro do escopo da PNR (Política Nacional de Regulação) e da PNAU (Política Nacional de Atenção às Urgências) a responsabilidade da CRU é tanta que é considerada uma autoridade sanitária no acesso às portas de atendimento de urgências em sua região de abrangência. Autoridade importante diante das inúmeras urgências de saúde da população desde as mais simples até as mais complexas como a recente pandemia da Covid-19.

“As centrais de regulação são de suma importância, pois através das regulações médicas conseguimos atender realmente quem necessita, utilizando o recurso adequado e levando para o hospital de referência para aquela urgência de acordo com os protocolos e fluxos pactuados naquela região. A principal evolução foi conseguir atender rapidamente, adequadamente e proporcionando que o paciente chegue ao hospital certo em uma condição melhor para que continue recebendo a atenção, cuidados e procedimentos necessários, possibilitando um prognóstico mais favorável”, resume André Brandão Drumond Sacramento, coordenador Médico do SAMU da Macrorregião Centro Sul de Minas Gerais (CISRU Centro Sul).

Proporcionalmente à importância e à responsabilidade vêm os desafios destas centrais. Segundo Brandão, o principal desafio hoje é melhorar a rede hospitalar, que não acompanhou o desenvolvimento e a evolução das centrais de regulação e dos SAMU (Serviços de Atendimentos Móvel de Urgências), causando um gargalo nesse atendimento e resultando diariamente em superlotação desses hospitais, retenção de equipamentos das ambulâncias e conflitos entre médicos reguladores e médicos plantonistas dos hospitais referência. Paulo de Tarso Monteiro Abrahão, médico Regulador do SAMU Metropolitano de Salvador/BA, diz que o trabalho das CRU depende de outros dois fatores. “Quando tratamos de regulação do acesso, estamos nos referindo às centrais que regulam as urgências, os leitos e tudo que é ambulatorial, que formam o Complexo Regulador. Mas para que elas funcionem têm que ter a regulação do sistema e da atenção feita por gestores em âmbito federal, estadual e municipal. Estes profissionais é que vão contratualizar serviços e fazer com que exista uma rede assistencial adequada para as necessidades da população. E justamente a regulação do sistema e da atenção é que não acompanhou, muitas vezes, nestes anos todos, esta evolução das necessidades da população”.


Confira a reportagem completa na edição de agosto/outubro da Revista Emergência.

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